Se a sua meta é entrar no universo das franquias de alimentação com um negócio resiliente, ticket médio crescente e demanda diária, a franquia de cafeteria desponta como uma das escolhas mais racionais para 2025.
Vai encontra um comparativo conciso com as cinco redes que lideram intenção de investimento e expansão no Brasil: Mais1.Café, Sterna Café, Rei do Mate, Fran’s Café e Café du Centre. Em poucos parágrafos, você verá quanto custa investir, formatos de operação mais adequados, indicadores de retorno e quem deve escolher cada marca, com base em dados públicos e sinalizadores de mercado.
Resumo estratégico para decidir rápido
- Perfil enxuto e velocidade de abertura: Mais1.Café
- Especialidade em cafés na tendência do consumidor exigente: Sterna Café
- Tráfego de alto fluxo com cardápio amplo e reconhecimento nacional: Rei do Mate
- Experiência completa e tradição de marca em ambientes maiores: Fran’s Café
- Posicionamento aspiracional e alto tíquete médio em praça qualificada: Café du Centre
Se você precisa de capex enxuto, operação compacta e ramp-up ágil, priorize modelos to go. Para lojas destino com permanência e venda cruzada, considere os formatos loja completa. Avalie capex total, perfil de ponto e capital de giro para sustentar a curva de maturação.
A seguir, o guia completo com análises diferentes da introdução, cenários de unit economics, checklists de diligência e um comparativo aprofundado para você decidir com segurança. E há um fator silencioso que separa franquias que prosperam das que estagnam, falaremos dele adiante.
O que está mudando no comportamento do cliente
- Preferência por experiências curtas e convenientes em deslocamentos, beneficiando formatos to go e quiosques.
- Cafés de origem e métodos ganham espaço e elevam tíquete médio, consolidando marcas com curadoria e storytelling de produto.
- Coabitação com varejistas e presença em aeroportos, estações e polos de tráfego crescem, alavancando fluxo e conversão para quem tem execução ágil.
Como escolher sua franquia de cafeteria sem cair em armadilhas
Não existe franquia perfeita. Existe franquia adequada ao seu perfil, capital e praça. Antes de olhar para a marca, olhe para você:
- Capital disponível para investimento total e reserva de caixa para sustentar a operação até o ponto de equilíbrio.
- Disciplina de execução para seguir padrões e rotinas, sem perder sensibilidade para o território.
- Perfil comercial e afinidade com atendimento consistente em picos de demanda.
- Tese de ponto compatível com a marca: fluxo, ancoragem, estacionamento, densidade de escritórios, turismo e concorrência direta.
Depois, avalie a franqueadora:
- COF completa e transparente com base de unidades, taxa de abertura e fechamento, litigiosidade e suporte.
- Treinamento e suporte contínuos, não só pré-inauguração.
- Curadoria de produto e cadeia de suprimentos para manter qualidade e margem sob pressões inflacionárias.
- Inovação de cardápio e calendário promocional para manter tráfego.
- Ferramentas de gestão e visibilidade de indicadores.
As 5 melhores franquias de cafeteria para conhecer em 2025
1. Mais1.Café: escala, operação leve e presença nacional

A Mais1.Café consolidou uma rede de mais de 500 operações e figura entre as 50 maiores franquias do País no ranking da ABF referente a 2024, o que sinaliza capilaridade e padronização. O modelo destaca gestão simplificada com equipe curta, operação com alto giro e foco em bebidas e comidinhas de preparo ágil. Para perfis que valorizam replicabilidade e ramp-up mais rápido, a proposta é aderente.
Investimento e retorno
A rede divulga investimento a partir de cerca de R$ 290 mil e sinais de margem entre vinte e trinta por cento, com payback estimado entre doze e vinte e quatro meses, a depender de ponto, execução e controle de despesas. Esses números são balizadores e devem ser validados na COF e com franqueados em operação.
Quando faz mais sentido
- Cidades com corredores de fluxo e custo de ocupação controlado.
- Investidores que procuram modelo padronizado e capacidade de multiunidade.
- Perfis que valorizam onboarding e suporte para acelerar a curva de aprendizagem.
Pontos de atenção
- Dependência de fluxo constante e execução minuciosa em horários de pico.
- Sensibilidade a precificação e custo de insumos, exigindo alinhamento fino ao calendário promocional.
2. Sterna Café: café especial, storytelling e aceleração de portfólio

A Sterna Café é reconhecida pelo foco em cafés especiais, curadoria de grãos e experiências com métodos de extração. Em 2025, a rede anunciou abertura de 40 lojas, incluindo aeroportos, espaços corporativos e hubs de varejo, além de parcerias estratégicas com redes do setor de mobiliário e decoração. O movimento combina posicionamento premium e conveniência, mirando o cliente que paga por qualidade e ritual.
Modelos e investimento
O leque inclui quiosque a partir de cerca de R$ 285 mil e loja a partir de cerca de R$ 372 mil, com comunicação oficial indicando ponto de entrada por volta de R$ 300 mil, sempre sujeito a adequações de obra e praça. Para quem busca um mix aspiracional sem perder eficiência, os formatos permitem calibrar capex ao potencial do ponto.
Quando faz mais sentido
- Praças com público afinado a cafés de origem e métodos.
- Pontos destino em aeroportos, polos corporativos e lojas parceiras.
- Operadores com apetite por storytelling de produto para elevar tíquete médio.
Pontos de atenção
- Maior exigência de barismo, treinamento e consistência sensorial.
- Necessidade de experiência de marca para sustentar preço relativo acima da média.
3. Rei do Mate: marca nacional, mix amplo e execução de alto fluxo

Com mais de 320 lojas e faturamento de R$ 370 milhões em 2024, a Rei do Mate opera no cruzamento de cafeteria e casa de mate, com cardápio que inclui bebidas geladas, pães de queijo, açaí e lanches. O diferencial é a capacidade de ocupar pontos de altíssimo fluxo com formatos que cabem em lojas de rua, shopping e locais não óbvios como hospitais, clubes, universidades e hubs de serviços.
Investimento e retorno
Material de franquia sinaliza investimento a partir de cerca de R$ 314,5 mil e prazo de retorno por volta de trinta e seis meses, parâmetros que variam conforme metragem e negociação de aluguel.
Quando faz mais sentido
- Operadores com foco em fluxo intenso, mix amplo e operações de praça de alimentação.
- Cidades com corredores de transporte e hubs de conveniência.
- Investidores que buscam a força de uma marca nacional com décadas de presença.
Pontos de atenção
- Operação mais complexa em horários de pico, exigindo liderança e processos.
- Custo de ocupação e negociação comercial viram prio um na tese do ponto.
4. Fran’s Café: tradição, experiência completa e marca top of mind

Fundado em 1972, o Fran’s Café é uma das redes de cafeterias mais tradicionais do País. A marca está em expansão com novas unidades e destaca dois modelos principais, incluindo loja e versões compactas, além de projeto de sede administrativa para sustentar crescimento e padronização. A proposta favorece ambientes amplos, permanência do cliente e um portfólio completo de cafés, comidas e confeitaria.
Investimento e formatos
No site oficial, a rede informa investimento a partir de cerca de R$ 400 mil para loja, além de taxa de franquia próxima de R$ 60 mil. Em materiais de mercado, aparecem faixas que podem variar de R$ 250 mil a R$ 400 mil em versões mais compactas, a depender de escopo, praça e obra. A referência segura é sempre a documentação oficial e a COF vigente.
Quando faz mais sentido
- Praças com público que valoriza permanência, ambiente e variedade.
- Operadores com ambição de construir loja destino e relacionamento local.
- Investidores que preferem marca tradicional com lastro e reconhecimento.
Pontos de atenção
- Capex, metragem e obra podem elevar o ponto de equilíbrio.
- Requer gestão de sala e treinamento de atendimento para manter padrão.
5. Café du Centre: sofisticação, arquitetura instagramável e tíquete alto

A Café du Centre aposta em uma estética sofisticada com apresentações autorais e arquitetura fotogênica, unindo cafeteria e doceria premium.
O investimento parte de cerca de R$ 250 mil segundo o Portal do Franchising, e a rede opera uma malha boutique, com pouco mais de uma dezena de unidades em diferentes estados, priorizando exclusividade e experiência. Em praças com público de alto poder aquisitivo e turismo, o tíquete médio tende a favorecer o mix.
Quando faz mais sentido
- Bairros destino com gastronomia autoral e alto fluxo de turismo.
- Empreendedores com foco em ambientação, confeitaria premium e experiência.
- Estratégia para praças selecionadas onde exclusividade gera curiosidade e viraliza.
Pontos de atenção
Franquia de Cafeteria: 05 melhores opções para você conhecer em 2025
Unit economics na prática: como projetar sem fantasiar
A leitura dos números divulgados por redes deve ser ponto de partida, não de chegada. Construa um cenário base conservador para não se frustrar:
- Receita: estime tíquete médio e vendas por hora por período do dia. Lembre que o pico matinal concentra fluxo.
- CMV: mapeie compra de café, leite, confeitaria e insumos secos. Cada marca trabalha margens e fichas técnicas próprias.
- Pessoal: calcule escala por turno e adicional para cobertura de férias e folgas. Modelos to go costumam operar com três colaboradores por loja.
- Ocupação: aluguel, condomínio, IPTU e taxas. Praça de alimentação tem custos previsíveis, mas índices de ocupação mudam por shopping e contrato.
- Marketing: as franquias costumam exigir fundo de propaganda e ações locais.
- Capital de giro: reserve de três a seis meses de despesas operacionais líquidas.
Exemplo ilustrativo para um modelo compacto to go
Considere um ponto com tíquete médio de R$ 20, 250 vendas dia úteis e 150 nos finais de semana. A receita mensal gira em torno de R$ 140 mil a R$ 170 mil.
Com CMV de 32 a 36 por cento, pessoal entre 18 e 22 por cento, ocupação entre 10 e 14 por cento e despesas operacionais de 8 a 12 por cento, a margem operacional pode oscilar entre 18 e 28 por cento, desde que a execução mantenha padrão e o ponto entregue fluxo consistente. Esses percentuais são ilustrativos e devem ser ajustados à praça, à marca e ao contrato de locação.
Erros comuns que comprometem o retorno
- Escolher marca e ponto pelo entusiasmo e não pelos indicadores.
- Subestimar obra e prazos de instalação, estourando capex e atrasando payback.
- Desalinho entre público da praça e posicionamento da marca.
- Falta de rotina de gente: sem treinamento e liderança diária, a experiência degrada.
- Não acompanhar custo de insumos e precificação em ciclos de alta.
Tendências que favorecem cada perfil de franquia
Mais1.Café
Acelera em praças de alto fluxo com equipe enxuta e implantação ágil. A presença no top 50 da ABF sugere robustez operacional para escalar multiunidades.
Sterna Café
Surfando a onda do café especial e do consumo consciente, a marca transforma métodos e origem em experiência vendável, com rota clara para aeroportos e parcerias de varejo.
Rei do Mate
Aposta em diversificação de canais e formatos versáteis, expandindo presença em locais não convencionais como hospitais e clubes, o que reduz dependência de shopping e amplia capilaridade.
Fran’s Café
Consolida a experiência de permanência e loja destino, com consistência de marca e ampliação de presença em aeroportos e capitais, apoiada por estrutura corporativa.
Café du Centre
Mantém posicionamento aspiracional que funciona bem em pólos turísticos e bairros premium, ancorado em ambientação instagramável e sobremesas autorais, o que eleva tíquete.
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Passo a passo de implantação com marcos e entregáveis
- Pré COF
- Reunião de qualificação, envio de dados financeiros e perfil.
- Visita técnica a duas ou mais unidades da marca.
- COF e due diligence
- Leitura com assessoria jurídica.
- Conversas com franqueados de perfil semelhante ao seu.
- Ponto comercial
- Estudo de fluxo e negociação de aluguel.
- Aprovação do ponto pela franqueadora.
- Projeto e obra
- Projeto executivo, licenças e cronograma.
- Treinamento da equipe e compra de equipamentos.
- Pré operação
- Plano de inauguração, calendário de ações e campanha local.
- Teste de fichas técnicas, mise en place e operação de pico.
- Go live e primeiros 90 dias
- Acompanhamento de indicadores diários.
- Ajustes finos de escala, compras e precificação.
O detalhe que decide a curva de retorno
Em cafeterias, experiência e velocidade são inseparáveis. O cliente volta quando encontra padrão sensorial, tempo de espera previsível e acolhimento. A diferença entre margem boa e margem mediana geralmente está em rotina de treinamento, desenho de fila, equipamentos calibrados e reposição inteligente. Não é glamour, é processo.